Como educador e teólogo, neste artigo, exploro o tema do Desenvolvimento Contínuo através de lições extraídas da teologia. Convido você a refletir sobre um relato bíblico marcante em Êxodo 16:17-30, onde Deus providenciou maná para o povo de Israel durante sua jornada no deserto em direção à Terra Prometida. Deus instruiu-os a coletar apenas o suficiente para o dia, mas alguns desobedeceram, resultando na deterioração do maná. Este relato destaca a importância da confiança e obediência às orientações divinas, reafirmando que Ele sempre suprirá nossas necessidades diárias.
Enfrentamos fases desafiadoras, incertas e escassas, onde nossos valores e caráter são testados, mas também são momentos propícios para o desenvolvimento pessoal. Nesse período de isolamento e aridez, é o momento de buscar forças, reencontrar habilidades adormecidas e amadurecer continuamente.
Identificar um deserto em nossas vidas é crucial para reconhecer oportunidades de crescimento pessoal. Ninguém supera esse momento e permanece inalterado. Diante de situações de dificuldade, desamparo ou incerteza, encontramo-nos no deserto. É quando nos sentimos perdidos, desafiados ou sobrecarregados que enfrentamos o que os cristãos chamam de deserto.
Deserto é oportunidade. Reconhecer o deserto em nossas vidas nos ajuda a continuar a caminhada, pois nos permite compreender que cada desafio, por mais árido que pareça, é uma oportunidade de aprendizado e crescimento espiritual. É nos momentos de escassez que aprendemos até mesmo a depender de Deus.
Portanto, ao identificarmos o deserto em nossa vida, não devemos nos desesperar, mas sim encará-lo como uma oportunidade de crescimento. Nos recantos áridos do deserto, onde a escassez parece imperar, a narrativa do Êxodo 16:17-30 revela uma lição eterna sobre a providência divina e a resposta humana. Os filhos de Israel, em sua jornada rumo à terra prometida, são agraciados com maná, um sustento celestial em meio à desolação. Além do alimento físico, essa passagem resplandece com ensinamentos sobre confiança, obediência e descanso.
Confiar: O Alicerce da Fé
A confiança é o pilar da relação entre o divino e o humano. É nela que reside a capacidade de enxergar além das circunstâncias, de acreditar na providência mesmo quando as reservas parecem esgotadas.
Poucos são os conseguem enxergar além da areia! São muito comuns os murmúrios do povo que pelos caminhos áridos anda, o que refletem a falta de fé, o desespero daqueles que ainda não compreendem que sustento não vem apenas das mãos humanas. Não posso esperar que todos confiem na graça divina, mas todos devem entender que arrogância é o oposto da fé, pois a verdadeira humildade reside em reconhecer a dependência absoluta de Deus.
Mesmo os que não acreditam nele se vem dia após dia a reconhecer que já foram salvos de situações extremas por uma força bondosa que não sabem explicar. Os que já encontraram água em meio ao calor do desespero reconhecem que não caminham sozinhos.
Obedecer: Harmonia na Ação
Ninguém é o primeiro a enfrentar o deserto, e certamente não será o último. Quando buscamos sair desse lugar árido, é natural procurar as pegadas daqueles que já trilharam esse caminho antes de nós. Provavelmente você conhece pessoas sábias, experientes. Mas, você tem um mentor? Alguém cujas palavras você sente a necessidade de seguir?
Imagine uma comunidade no deserto, enfrentando diariamente desafios em busca da prometida terra firme. No relato do Êxodo, o povo de Israel foi agraciado com maná, um alimento celestial enviado por Deus. No entanto, a orientação divina foi clara: colete apenas o suficiente para o dia.
Alguns, porém, influenciados pela ganância e ansiedade, decidiram ignorar essa instrução, acumulando mais maná do que o necessário. O resultado foi surpreendente e revelador. O maná armazenado, ao contrário das bênçãos diárias, deteriorou-se, tornando-se inútil e até prejudicial.
Essa história ilustra vividamente a importância da obediência. A ganância e a desobediência às orientações divinas levaram à corrupção dos dons celestiais. A verdadeira prosperidade, como aprendemos, não está na acumulação excessiva, mas na humilde submissão aos mandamentos divinos.
Portanto, ao considerarmos a harmonia na ação, a lição é clara: a obediência não apenas conserva as bênçãos celestiais, mas também nos direciona para uma prosperidade genuína, baseada na confiança e submissão aos princípios divinos.
Descansar: A Renovação na Entrega
Consideremos uma família em meio às demandas da vida moderna, constantemente ocupada com trabalho, estudos e responsabilidades. Uma vez por semana, eles reservam o sábado como um dia sagrado de descanso e renovação espiritual. Durante esse dia, desligam seus dispositivos eletrônicos, abstêm-se de realizar tarefas mundanas e dedicam tempo à reflexão, à oração e ao convívio familiar. Essa prática não é apenas uma pausa merecida das atividades cotidianas, mas também um testemunho de sua confiança na provisão divina. Ao escolherem descansar no sábado, demonstram sua convicção de que já possuem tudo o que precisam e que Deus continuará a cuidar deles, mesmo quando estão impossibilitados de trabalhar. Essa prática semanal de descanso revitaliza não apenas suas energias físicas e mentais, mas também fortalece sua fé e confiança na continuidade do cuidado divino.
Portanto, o sábado serve como um exemplo concreto de como o descanso pode ser uma expressão tangível de nossa entrega e confiança na provisão divina, mesmo nos momentos de crise e incerteza. Não estou dizendo que você deve guardar o sábado, mas que pelo menos precisa descansar regularmente. Isso é o mínimo para continuar a caminhada. Além disso, é preciso encontrar satisfação no que temos. O ganancioso, mesmo já muito rico, acha que tem pouco, mas quando perde tudo é que percebe o quanto tinha.
Conclusão
Que possamos enxergar além das areias do deserto de nossas vidas, reconhecendo que em cada desafio e em cada momento de dificuldade, há uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Para o empreendedor que enfrenta dificuldades, lembre-se de que os obstáculos podem ser oportunidades disfarçadas e que a persistência e a criatividade podem abrir caminhos mesmo nos momentos mais áridos. Aqueles que não acreditam em Deus também podem extrair lições valiosas das adversidades, buscando apoio na comunidade e cultivando a resiliência para superar os desafios e alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Por: Alexandre Luquete
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