Por Rute Soeiro
Olá caro leitor, hoje vamos falar de um assunto que faz parte da minha vida! Como mãe de um adolescente com autismo, passei e ainda passo por situações que invalidam e discriminam o meu filho.
Quando ouvimos frases como "Ele tem algum problema!" ou "Nossa, mas ele é tão inteligente!", somos confrontados com a realidade do capacitismo enraizado em nossa sociedade.
O capacitismo, que se manifesta por meio de preconceitos e discriminação contra pessoas com deficiência, muitas vezes se esconde por trás de comentários aparentemente inofensivos, mas que perpetuam estereótipos e limitam as oportunidades de inclusão.
Expressões como "Ele tem autismo, mas é leve" ou "Nossa, mas ele fala de tudo!" refletem a tendência de categorizar e rotular as pessoas com base em suas habilidades percebidas, ignorando a diversidade e individualidade de cada ser humano.
Essa visão reducionista contribui para a marginalização e exclusão de indivíduos com deficiência, impedindo que alcancem seu pleno potencial. É fundamental reconhecer que o capacitismo não se limita a comentários isolados, mas permeia as estruturas sociais e institucionais, reforçando desigualdades e injustiças. Ao rotular indiscriminadamente situações complexas com frases como "Ah, agora tudo é autismo!", minimizamos a diversidade de experiências e necessidades das pessoas com deficiência, perpetuando estigmas e barreiras.
Desmistificar o capacitismo requer uma mudança de mentalidade e ação coletiva para promover uma sociedade mais inclusiva e justa. É preciso ampliar a conscientização sobre as questões relacionadas à deficiência, valorizando a diversidade e respeitando a autonomia e dignidade de cada indivíduo. É hora de questionar nossas próprias crenças e comportamentos, e trabalhar juntos para criar um ambiente onde todos sintam-se respeitados, incluídos e valorizados.
Ao invés de categorizar e limitar, devemos celebrar a riqueza da diversidade humana e reconhecer o potencial de cada pessoa, independentemente de suas habilidades percebidas. Somente assim poderemos construir um mundo verdadeiramente inclusivo, onde todos tenham a oportunidade de participar plenamente e serem valorizados por quem são, para além de rótulos e estereótipos.
Cada um de nós tem a responsabilidade de promover a inclusão e a diversidade, respeitando as diferenças como parte da riqueza humana. Só com aceitação, compreensão e apoio mútuo podemos Juntos, construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.Vamos juntos nessa jornada de tornar nossa sociedade mais acolhedora e inclusiva para todo mundo.
Deixe seu comentário e sugestão de tema para abordarmos na próxima semana. Até a próxima coluna!
Mín. 16° Máx. 22°
Mín. 18° Máx. 22°
Tempo limpoMín. 19° Máx. 22°
Tempo limpo