Falar sobre sustentabilidade também pode ser falar sobre economia municipal e sobre oportunidades aos menos abastados.
Não é segredo, tão menos aos que acompanham nossa coluna, que a ONU estabeleceu uma agenda de compromissos a ser atingida até o ano de 2030, que inclui compromissos como, erradicar a pobreza (ODS 1), educação de qualidade (ODS 4), reduzir as desigualdades (OAS 10), e o compromisso com cidades sustentáveis (ODS 11).
E justamente este último objetivo é o que move o programa Moeda Verde, adotado em diversas cidades do Brasil e adaptado para melhor atender aos interesses locais de cada uma delas.
Para bem explicar o programa, podemos citar o exemplo da cidade de Chapecó – SC. Lá, foi desenvolvido um aplicativo que leva o nome do programa (Moeda Verde), onde o munícipe efetua seu cadastro e pode desenvolver rotinas sustentáveis em troca de pontuação e moeda virtual. Dentre as atividades previstas, podemos citar as práticas de atividade física (bike, caminhada e corrida), descarte correto de material reciclável (móveis, eletrônicos, lacres etc), a participação em eventos programados e a reprodução de vídeos do sistema (via de regra ensinando práticas sustentáveis).
As moedas adquiridas na jornada podem ser utilizadas nos comércios parceiros do programa, situados no município.
Já o município de Santo André – SP, organizou o programa em parceria com uma cooperativa local, de modo que os munícipes podiam entregar uma certa quantidade de material reciclável, em troca de frutas, legumes e verduras, produzidos em agricultura familiar, prestigiando o pequeno produtor e oportunizando aqueles sem condições de acesso a esses alimentos nos mercados.
Outras facetas do programa existem por aí e deixam claro que os municípios estão se preparando para colaborar com a mudança no mundo, através de pequenas práticas. E mais do que isso, estão passando a ter a percepção de que sustentabilidade e economia andam juntas.
A Baixada Santista tem perfeitas condições para a implementação de um programa semelhante. Seja porque os comerciantes anseiam por apoio local, seja porque produzimos grande quantidade de lixo reciclável que estão sendo descartados de maneira incorreta, ou porque temos inúmeras pessoas que teriam acesso a alimentos através deste programa, ou mesmo porque as pessoas têm testemunhado as graves consequências da ausência de interesse em relação as causas climáticas.
Agora me diga, na sua cidade já houve iniciativa semelhante?
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